No
Brasil não ouvimos falar de seres do outro mundo, que saem dos cemitérios em
corpos de cadáveres à procura de sangue humano, que lhes dará a vida eterna enquanto
habitarem as trevas noturnas. Tampouco lemos manchetes nos jornais que nos
façam pensar em algum caso de vampirismo.
Um
país como o nosso, muito distante da Europa Central, não tem tradição
vampirista como o conde Drácula ou de outros nobres da antiga Europa.
O
vampirismo revela-se por uma grande sede de viver e burlar a morte, mesmo que
para isso tenha de se sugar a vida de outrem em benefício próprio.
Aliado e obediente às forças ocultas das
trevas, o ser abominável continua a viver após a morte física, interrompendo o
círculo de evolução e reencarnação natural da vida.
Segundo
Freud, o vampiro está ligado a intensos desejos sexuais insatisfeitos, e por
isso sente a necessidade incontrolável de absorver seu companheiro.
Vejamos
um pequeno trecho do livro “O Oculto” de Colin Wilson:
“As
janelas envidraçadas de uma determinada casa abriam-se em algum instante da
noite, e não adiantava tentar mantê-las fechadas porque se abriam de novo. Um jovem
homossexual que vivia na casa estava em tratamento psiquiátrico, mas se
apresentava constantemente destruído de vitalidade. Uma noite, presente na casa
um estudioso de ocultismo, os cães começaram a ladrar e as janelas abriam-se. ‘Quando
apagaram as luzes, viram um brilho opaco num canto da sala; ao tocarem aquele
brilho com as mãos, tiveram uma sensação de formigamento, como o que se sente
ao se tocar em água eletricamente carregada’. O ocultista fez sumir o espírito ao
‘absorvê-lo’ com uma simpatia.
O
jovem homossexual confessou mais tarde que talvez conhecesse a origem do
problema. Seria um primo, também homossexual, que fora apanhando nos campos de
batalha da França a praticar a necrofilia com soldados mortos, e enviado de
volta à Inglaterra para tratamento psiquiátrico. Muitas vezes o rapaz visitava
o primo, tendo havido relação sexual entre eles (numa ocasião o rapaz mordeu o
pescoço do primo, sugando-lhe um pouco de sangue). Foi depois da separação dos
dois que começaram a ocorrer os fenômenos, e o moço que habitava a casa passou
a ter pesadelos em que um fantasma o atacava e lhe sorvia a energia”.
A
ligação do primo como o moço era tão forte, que o desejo de possui-lo era uma
constante no seu cérebro. As lembranças marcantes e o desejo incontrolável de
seu projetasse psiquicamente envolvido por uma sútil camada ectoplásmica para satisfazer-se,
retirando a energia do antigo companheiro.
Elias
Luiz Bispo IV
(Este texto foi revisado e atualizado segundo a Nova Norma
Brasileira Gramatical e extraído do livro “O Poder do Conhecimento
Oculto” do mesmo autor da editora Tríade. Esta obra
encontra-se esgotada no momento em projeto para reimpressão).